Escrever uma boa redação ainda é um dos maiores desafios de quem presta vestibular ou concurso público. Não basta conhecer o conteúdo — é preciso saber expressá-lo com clareza, coesão e, principalmente, estratégia. A banca quer mais do que palavras bonitas: ela quer argumentação afiada, organização impecável e domínio da norma culta. Pensando nisso, reunimos as 10 dicas mais quentes para você garantir uma redação nota 1000.
Seja qual for o estilo exigido — dissertativo-argumentativo, narrativo ou descritivo — essas orientações vão te colocar à frente da concorrência. E o melhor: de forma prática, sem enrolação.

1. Leia muito e leia de tudo
A base de toda boa escrita é uma leitura sólida e variada. Quem lê com frequência melhora o vocabulário, absorve estruturas frasais mais elaboradas e entende como bons argumentos são construídos.
Além disso, ler jornais, revistas e artigos de opinião ajuda a estar por dentro dos principais temas da atualidade, algo que pode ser a chave para contextualizar bem sua redação. E isso vale tanto para o Enem quanto para concursos como o da Polícia Federal, INSS e magistratura.
2. Entenda o formato da prova
Cada prova cobra um gênero textual específico, com suas próprias regras e exigências. Por isso, antes de se preocupar com a escrita em si, conheça o edital.
Redação dissertativa, por exemplo, exige tese, argumentos e conclusão. Já a narrativa valoriza a construção de personagens e o enredo. Entender a proposta é a primeira etapa para não fugir do tema — erro fatal para quem quer nota máxima.
3. Fuja do senso comum e do clichê
Evite frases feitas como “a educação é a base de tudo” ou “vivemos em um mundo globalizado”. Elas empobrecem seu texto e mostram falta de originalidade.
Tente sempre pensar além. O examinador valoriza quem consegue trazer uma abordagem diferente, uma reflexão mais madura ou até mesmo um exemplo menos óbvio. Isso mostra repertório e pensamento crítico.
4. Construa um projeto de texto antes de começar
Nada de sair escrevendo na pressa! Planejar a redação é fundamental. Faça um rascunho com a introdução, os dois ou três argumentos e a conclusão. Pense nos conectivos que vai usar e em como cada parágrafo se liga ao outro.
Esse esboço te ajuda a manter o foco, evita repetições e garante que todos os pontos sejam cobertos de forma coerente e progressiva.
5. Use repertório sociocultural com inteligência
Citações filosóficas, fatos históricos, filmes, livros ou eventos atuais podem dar força ao seu argumento — mas só se forem bem utilizados.
Evite citar autores famosos apenas para impressionar. Tudo precisa ter ligação direta com sua tese. Repertório bom é aquele que enriquece a argumentação e mostra que você domina o assunto.
6. Capriche na introdução e seja direto
A introdução precisa situar o leitor e apresentar a tese de forma clara. Nada de textos longos, rebuscados e confusos logo de cara.
Comece com uma frase de impacto, contextualize o tema e diga claramente qual é sua opinião (ou caminho de análise, se o gênero for neutro). Isso facilita a leitura e mostra segurança.
7. Conectivos são o segredo da fluidez
Muitos textos perdem pontos por falta de coesão. Para evitar isso, use conectivos de forma variada e estratégica: “além disso”, “por outro lado”, “em contrapartida”, “portanto”, entre outros.
Essas palavrinhas indicam relações lógicas e guiam o leitor ao longo do texto. Um bom uso de conectores valoriza a argumentação e deixa o texto mais elegante.
8. Respeite a norma culta, mas não force
Você precisa escrever corretamente, sim. Mas não precisa parecer um dicionário ambulante. Escreva de forma natural, usando vocabulário preciso, mas evitando exageros ou palavras que nem você entende.
Erros de ortografia e gramática são penalizados. Já a clareza e a simplicidade elegante são valorizadas. Foque nisso.
9. A conclusão não é um resumo
Muita gente erra aqui. A conclusão não deve apenas repetir o que já foi dito. Ela precisa fechar o raciocínio, retomar a tese de forma reconfigurada e, se possível, apresentar uma proposta de solução ou reflexão.
No caso do Enem, isso é obrigatório: é necessário sugerir uma intervenção social viável, com agente, ação, meio e finalidade. Já em concursos, o ideal é deixar claro que sua argumentação foi bem amarrada e fundamentada.
10. Treine, revise e peça feedback
Escrever bem é treino. Faça uma redação por semana. Escolha temas variados, simule o tempo da prova e, principalmente, revise com olhar crítico.
Se possível, peça a alguém experiente — professor ou corretor — para dar um parecer. Feedback externo ajuda a identificar vícios de linguagem e pontos fracos que você talvez não perceba.
Chegar à nota máxima na redação não exige dom, exige método. Ao aplicar essas 10 dicas com constância, você transforma o desafio de escrever em uma habilidade afiada, segura e estratégica. E isso não serve apenas para passar em provas: escrever bem é uma competência de vida.
Vestibulares e concursos não medem apenas conhecimento, mas capacidade de raciocínio, de argumentação e de expressão. Sua redação é o espelho do seu pensamento — e com essas dicas, você mostra o melhor que tem a oferecer.
Não deixe a sorte decidir por você. A próxima folha em branco pode ser o seu passaporte para a vaga dos sonhos.
Evite os 10 erros mais comuns na redação e aumente suas chances de nota máxima

Toda vez que um estudante vê a temida palavra “redação” no topo da prova, um frio percorre a espinha. E com razão: esse é o momento de provar, no papel, que você pensa com clareza, argumenta com lógica e domina a escrita formal. Mas o problema é que muita gente ainda tropeça em erros básicos — e paga caro por isso.
Se você quer sair na frente na disputa por uma vaga na universidade ou num concurso público, o primeiro passo é saber o que não fazer. Abaixo, listamos os 10 erros mais comuns que fazem milhares de candidatos perderem pontos preciosos — e, às vezes, até serem desclassificados.
1. Fugir do tema proposto
Pode parecer básico, mas muitos candidatos ainda derrapam feio aqui. Fugir do tema não é apenas um erro: é um critério de eliminação em diversas bancas.
Ler com atenção a proposta e compreender o recorte temático é essencial. Não adianta falar genericamente sobre educação quando o tema é “os desafios da educação inclusiva no Brasil”, por exemplo.
2. Desrespeitar o gênero textual
Se a proposta pede uma dissertação argumentativa, você não pode entregar uma narrativa ou uma carta. A estrutura precisa estar correta: introdução com tese clara, desenvolvimento com argumentos sólidos e conclusão bem amarrada.
Muita gente perde pontos por confundir gêneros ou por misturar tipos de texto sem critério.
3. Erros gramaticais e ortográficos
Nada derruba mais a credibilidade de um texto do que erros de português. Eles passam a sensação de despreparo e prejudicam a fluidez da leitura.
Atenção à concordância verbal e nominal, à pontuação, ao uso correto dos tempos verbais e à acentuação. E sim: revisar é tão importante quanto escrever.
4. Repertório genérico e raso
Citar Martin Luther King ou a Revolução Francesa pode até funcionar — se houver pertinência e profundidade. O problema é quando essas referências são usadas de forma superficial ou apenas para “encher linguiça”.
Evite decorar frases soltas ou fatos históricos sem compreender como aplicá-los. Um bom repertório precisa dialogar com a tese e enriquecer o argumento, não ser enfeite de parágrafo.
5. Falta de coesão entre as ideias
Parágrafos desconectados, frases soltas e argumentos que não se relacionam entre si demonstram falta de planejamento. O leitor (ou corretor) precisa ser guiado de forma fluida ao longo do texto.
Use conectivos adequados, organize suas ideias com lógica e certifique-se de que cada parágrafo contribui para defender sua tese.
6. Introdução vaga ou longa demais
Uma introdução genérica, que rodeia o tema sem dizer a que veio, já começa tirando pontos. Pior ainda é quando o parágrafo introdutório vira uma redação à parte, com mais linhas que o restante do texto.
Seja direto. Contextualize brevemente, apresente a tese e indique o caminho que será seguido. Nada mais.
7. Conclusão sem proposta (ou fraca demais)
No Enem, por exemplo, apresentar uma proposta de intervenção detalhada é obrigatório. Em concursos, espera-se uma conclusão que recapitule a ideia principal com força e clareza.
Evite encerrar com frases genéricas como “devemos lutar por um mundo melhor”. Sua conclusão precisa ter impacto, coerência e resolução.
8. Linguagem informal ou inadequada
Gírias, abreviações, termos coloquiais e uso excessivo da primeira pessoa podem comprometer a formalidade da redação. A linguagem precisa ser culta, mas também natural.
Evite exageros — nem rebuscado demais, nem informal demais. Encontre o equilíbrio que demonstre domínio da norma padrão sem parecer artificial.
9. Repetição de palavras e ideias
A repetição empobrece o texto e revela falta de vocabulário. Cuidado ao usar sempre as mesmas expressões, como “portanto”, “além disso” ou “importante”.
Varie seus conectivos, explore sinônimos e, principalmente, evite bater nas mesmas teclas nos parágrafos seguintes. Repetição de argumento é erro de estratégia.
10. Texto fora do limite de linhas
Tanto o excesso quanto a falta de conteúdo são penalizados. Textos muito curtos demonstram falta de desenvolvimento; textos muito longos extrapolam o espaço da folha e podem ser desconsiderados.
Planeje bem o que você vai dizer, defina a quantidade ideal de parágrafos e ajuste seu conteúdo dentro do limite proposto pela banca.
A redação é, sem dúvida, um diferencial competitivo poderoso. Mas também é um campo minado — e muitos candidatos acabam tropeçando por não se prepararem o suficiente.
Evitar os erros acima é meio caminho andado para alcançar uma nota excelente. Mais do que decorar fórmulas, você precisa treinar, revisar, ler bons textos e desenvolver o hábito de pensar com clareza.
No final, escrever bem é um exercício de atenção, estratégia e sensibilidade. E quanto mais você pratica, mais preparado se torna para impressionar qualquer banca — seja no Enem ou no concurso mais concorrido do país.
Leia mais: Os 5 melhores livros para começar a ler Nietzsche com as melhores frases para sua vida